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ESCUTE A HISTÓRIA DE STA CECILIA
Interpretada pelos mais notáveis pintores, escultores e poetas, sempre lhe foram atribuídos os mais variados símbolos musicais, embora com particular predilecção pelo órgão. Isso deve-se em grande parte ao carácter religioso que, a partir do século XV, se atribui a este instrumento.
Historicamente as mais antigas referências não lhe conferem dotes particulares de musicalidade. Sabe-se, contudo, que era uma jovem patrícia muito culta, pertencendo a uma das mais ilustres famílias de Roma pelo que, tendo recebido esmerada educação, a prática da música ser-lhe-ía habitual, tocando, provavelmente, algum instrumento mais consentâneo com a sua feminilidade, como a harpa, a lira ou o saltério, pois o órgão, com que tão frequentemente é representada, era ainda um instrumento grosseiro e pouco difundido.
Segundo uma " Paixão " publicada no século V para satisfazer a curiosidade dos peregrinos que visitavam a primitiva Igreja " in Trastévere " dedicada à sua memória em Roma, Cecília, desposada contra vontade por imposição de seus pais, cumpriu o voto de castidade, já anteriormente formulado fazendo saber a Valeriano - o noivo - que a sua alma, bem como o seu corpo, estavam consagrados a Deus.
Valeriano sentiu-se tocado pela pureza daqueles propósitos e, não só prometeu respeitar tais votos, como, procurando o venerando bispo Urbano, que exercia o ministério sacerdotal escondido nas catacumbas, recebeu das suas mãos o baptismo.
Ao regressar, encontrou Cecília em oração e um anjo a seu lado. Este, que tinha duas coroas na mão, colocou uma sobre a cabeça da jovem e a outra sobre a de Valeriano. Penetrado pela graça, o nobre príncipe romano, anima seu irmão Tibúrcio a receber igualmente o baptismo.
Entretanto recrudescia a perseguição aos cristãos e os dois irmãos davam-se à piedosa missão de recolher os corpos daqueles confessores da fé a quem as autoridades imperiais recusavam um lugar nos cemitérios. Pouco depois foram também eles presos e decapitados. Por sua vez, Cecília foi igualmente presa por ter ousado dar-lhes sepultura na sua "vila" da Via Ápia onde, com grande fervor, exercia a caridade acudindo aos pobres e protegendo os perseguidos.
Colocada perante a alternativa de sacrificar aos deuses de Roma ou a morrer, não hesitou e dispôs-se ao sacrifício. Quando, durante os interrogatórios, o prefeito Almáquio lhe lembrava ter sobre ela direito de vida e de morte, respondeu : "É falso, porque podes dar-me a morte, mas não me podes dar a vida."
Almáquio condenou-a a morrer asfixiada por vapor mas, como Cecília sobreviveu a esse suplício, ordenou que lhe cortassem a cabeça. O carrasco, por imperícia ou por ter vacilado ante a serenidade angélica da condenada, depois de três golpes sucessivos não chegou a decepar a formosa cabeça deixando a mártir em dolorosa agonia.
Só passados três dias exalou o último suspiro e todos quantos haviam presenciado o modo sublime como aceitara tamanha provação, convertidos por tal exemplo à mesma fé, suplicavam a sua intercessão para que, na hora suprema, tivessem o mesmo valor e heroísmo por ela demonstrados, mesmo nas maiores angústias.
Nas "Actas" do martírio de Santa Cecília, que se crê tenha ocorrido no ano de 230, lê-se :
Enquanto ressoavam os órgãos, a Virgem Santa Cecília, no íntimo da sua mente, só a Deus se dirigia e cantava : "Permiti, Senhor, que o meu coração e o meu corpo permaneçam imaculados ", tradução da frase original assim iniciada - " Cantantibus organis Caecilia Domino decantabat dicens..." Tomando falsamente a palavra "organis" (designação sumária de instrumento) por órgão, os pintores já no século XV a fantasiavam tangendo-o como acompanhador dos seus piedosos cânticos.
Feita deste modo a primeira iconografia, nada mais natural do que os músicos logo a tenham escolhido para sua protectora.
TOMO POSSE
https://www.youtube.com/watch?v=adv-h0iRWcQ
Observando o músico católico
Observando o músico católico A música católica cresceu, tem sido solicitada em shows e eventos seculares. O exemplo disso é a presença de bandas e solistas católicos nas festas de padroeiros, feiras agropecuárias, aniversário das cidades, teatros etc. Logo, a responsabilidade também é grande com o que e como se toca, canta, prega e o cuidado e capricho quando se executa com unção e qualidade ambas as coisas. Muitas bandas e ministérios fazem eventos nas paróquias e comunidades.
A qualidade, portanto, não deve ser diferente, afinal estamos falando da Música católica e onde pudermos levar a mensagem quando fomos solicitados, melhor será para a evangelização. Quanto mais se acredita naquilo que se faz, mais longe se chega... Falar da disciplina seria até redundante, visto que em outras edições já foi colocado, mas vale relembrar que é necessário um bom senso para cantar e tocar em uma celebração. E o mesmo se estende para shows e encontros. Há de se ter um comportamento adequado e respeito para com os companheiros de missão, há de se ter cuidado para se vestir adequadamente e por aí vai. Vou procurar abordar sobre os shows e também sobre a música de nossas comunidades, entretanto observando como os pregadores, cantores, músicos atuam quando estão exercendo seu ministério.
O músico – A execução do instrumentista deve ser clara e precisa. É importante que todos os músicos tenham em mãos o repertório - de preferência com grande antecedência - para que estejam entrosados, não haja improvisos, desencontros e notas diferentes entre eles, para isso é imprescindível ensaios. -Quem deve dirigir o ensaio?! – A Banda sempre tem alguém que responde por ela, um dos músicos ou alguém que canta. Este deve saber dialogar com todos, ter boa integração, não tratar ninguém com diferenças, ou indiferença. Deve ser ativo e criativo. Ter boas idéias e levá-las adiante. Na escolha do repertório procurar e cuidar para não ficar apenas com um estilo de música. Faça também vir à tona os frutos da oração, trazendo novas canções, composições para a alegria do nosso povo.
É belo de se ver quando os músicos estão concentrados naquilo que tocam, quando sentem a música e como expressam isso também através de seu corpo e face. Acreditem, muitas pessoas observam os músicos. Ver um mascando chiclete, com postura curvada, sem vontade, é triste! O ministro de música: Na maioria das vezes, as bandas possuem um ou dois que tenham mais facilidade de verbalização, é desenvolto, sabe colocar as palavras para ministrar durante uma canção, esse pode ser também o próprio cantor do grupo. Essa pessoa deverá ter consciência na hora de falar e calar, hora de ministrar e hora de apenas silenciar. É importantíssimo que o ministro de música, não fique apenas repetindo frases iguais o tempo todo ou mudando de tom ao falar. Que não grite, pois isso assusta algumas pessoas. Há momento para louvar, adorar, momentos de contemplar e o ministro deve estar atento a não agir pela empolgação e esquecer que está em comunhão com várias outras pessoas.
O sorriso, os gestos, a acolhida do ministro de música é essencial para levar as pessoas a se integrarem. O pregador: Claramente, o pregador é um formador de opiniões. Quando ele toma o microfone nas mãos, saberá que muitos ali o ouvirão e pode dar passos para mudanças em suas condutas, por isso, muito cuidado e carinho quando for pregar. Se você for convidado a pregar, estude sobre o tema, se aprofunde, leia! Importante é que o pregador seja autentico, não fale algo e saia do palco e faça outra contraditória. Após sua pregação muitas pessoas podem lhe procurar, atende-las é uma maneira de dar continuidade à pregação. Não vire as costas, acolha! Não perca de vista o objetivo que lhe fez um pregador da palavra de Deus.
O discurso deve ser coerente, consciente, nunca fora da realidade ou alienado. Desejo que não seja apenas uma utopia os párocos procurarem dar a seus jovens uma ajuda para que eles pudessem fazer aulas de canto, instrumento, ter catequese e formação de ministros e pregadores. Atualmente estive em uma paróquia, onde observei que o pároco trocou todas as caixas de som, comprou instrumentos novos para os músicos e a paróquia disponibiliza certa quantia para que os grupos façam aulas há cursos de formação para os cantores, músicos e pregadores. É possível, ousemos dar passos para que cada dia mais nossa música chegue a mais e mais pessoas, com coerência, autenticidade e qualidade!
FELIZES OS QUE TEMEM AO SENHOR
E TRILHAM OS SEUS CAMINHOS! SM 127(128)